IDEIA DO TEMPO
Óleo sobre tela - 29,7/41 cm
«Pois não é a partir do repouso, ainda em repouso, que a coisa muda, nem a partir do movimento, ainda em movimento, que ela muda. Mas esta natureza, a do instante, uma estranha natureza, situa-se entre o movimento e o repouso, estando em tempo nenhum»"
PLATÃO ( Parmênides, 156d-e)
Os primeiros hominídeos interagiam com as sequências temporais sem consciência conceptual; utilizavam-nas tão só como ferramentas práticas para viverem melhor: H. habilis - tempo imediato (guardar, usar depois); H. erectus - tempo prolongado (manter fogo, deslocações).
O tempo como ideia simbólica, consciente do ser e da existência, aparece de forma evidente muito mais tarde: Neandertais - tempo existencial (morte, memória dos mortos); H. sapiens - tempo simbólico e abstrato (calendários, mitos, história).
O tempo só "existe" enquanto conceito e, como tal, depende da consciência
humana; "existe" porque é vivido, experimentado e representado pelo homem.
Rui - Outubro 2025