DOMADOR DE VAGAS
ACRILICO SOBRE PAPEL 120 g. - 42,0/29,7 cm.
NOVEMBRO DE 2024
«Alçara um remo da bateira com a limpeza com que ele pegava da bengala para se encostar, e reduzira a grude o crânio do mestre. Manápulas assim imensas e espatuladas nunca vira. Metiam medo. Pre-destinadas ao crime, por certo; afeiçoadas, ainda, a domar a vaga como os pés dos albatrozes. »
"Aquilino Ribeiro em A Batalha Sem Fim C.L. -186"
Será que o ser humano consegue manter a sua essência enquanto se adapta às exigências sociais? A sociedade é capaz de respeitar e nutrir a diversidade dos indivíduos que a compõem?
Questiono-me sobre o caminho para atingirmos o equilíbrio que permita expressar a individualidade sem comprometer o bem-estar coletivo.
A sociedade que estamos a construir certamente não respeita a singularidade de cada um dos seus membros pois parece reger-se por normas que tendem a privilegiar a singularidade dos detentores do poder.
Rui
Novembro 2024